Corrimão Guarda-Corpo: Normas de Segurança

Os guarda-corpos compõem a arquitetura dos edifícios e estão mais presentes do que nunca na atual tendência de apartamentos com varandas. Entre os materiais mais utilizados, além da alvenaria, estão o alumínio – com fechamento ou não em vidro – e ferro, metal passível de ser trabalhado de acordo com o desenho do arquiteto, compondo tramas mais elaboradas.

E quando o assunto envolve a qualidade e critérios para o design e a produção dos guarda-corpos, a referência do mercado da Construção Civil é a ABNT NBR 14.718, criada em 2001 e revisada em 2008. Foi determinante para a revisão, o fato de o meio técnico ter questionado a viabilidade prática de algumas determinações do texto, consideradas desnecessárias ou, mesmo, limitantes do ponto de vista do projeto e da execução. “É o caso do corrimão dos guarda-corpos que a norma original exigia, com boa intenção, que não deveria ser plano. Essa exigência caiu”, diz a engenheira Fabiola Rago, coordenadora do grupo que elaborou o texto base da norma.

ENSAIOS
Os ensaios de laboratório avaliam o esforço estático vertical e esforço estático horizontal, e de impacto, com a aplicação de carga de impacto por metro linear de guarda-corpo, englobando a pré-carga, carga de uso e carga de segurança. “A carga de segurança é sempre de 1,7 vezes a carga de uso – conceito novo referente à aplicação de uma carga excepcional. Mesmo que o guarda-corpo seja danificado, não pode permitir que uma pessoa caia”, explica Fabiola Rago. “Seria o caso, numa situação real, de um tumulto causado por um incêndio, em que um grupo de pessoas corre para a varanda pressionando o guarda-corpo. A peça, mesmo que avariada, deve manter a integridade das pessoas”, completa Gadioli.

No ensaio de impacto são aplicados 600 joules, permitindo a deformação do guarda-corpo e a quebra do vidro laminado. Porém, um prisma de 25 cm x 11 cm não poderá passar, nem pelos orifícios do vidro, nem pela deformação do guarda-corpo. Ou seja, o corpo está sendo preservado. “Quando o guarda-corpo for maior do que 3 m, é preciso ensaiar dois módulos, ou seja, três montantes e dois elementos de fechamento, ignorando as fixações laterais e considerando as ancoragens inferiores”. Neste caso, o teste revela o comportamento dos dois módulos que não estão presos à alvenaria.
“Já nos gradis com menos de 3 m, o ensaio é feito em protótipo do tamanho real, incluindo a instalação lateral e as ancoragens no piso”, diz Fabiola.

MANUTENÇÃO
A fabricação dos guarda-corpos é feita, em geral, pelo fornecedor das esquadrias, quando se trata de elemento em alumínio, e pelo fabricante dos gradis de ferro do edifício. Porém, tão importante quanto projetar, produzir e instalar um bom guarda-corpo, é sua manutenção. Fabio Gadioli, também fabricante de caixilhos de alumínio, ressalta que a norma atribui ao usuário a responsabilidade pela manutenção, afinal, é fundamental para sua própria segurança.

“A norma diz que, no caso de o guarda-corpo sofrer algum dano ou apresentar componentes soltos durante sua utilização, o usuário deve verificar as condições desses itens para providenciar a manutenção corretiva ou, eventualmente, sua substituição”, cita o engenheiro. Durante anos os guarda-corpos foram submetidos à pressão de ventos e ao movimento natural do edifício, aos esforços que as pessoas impõem a ele, e a impactos eventuais, além daqueles localizados em áreas de atmosfera corrosiva. “Tudo isso causa desgaste nos seus componentes, exigindo manutenção”, diz.

Gadioli relata o caso de um edifício novo, em São Paulo, em que o vidro do guarda-corpo descia na frente da viga de porta da varanda. “Olhando de fora, se vê apenas o vidro e o corrimão. A umidade dessa fachada, onde não bate sol, fez crescer plantinhas no corrimão da peça e entre o vidro e a frente de laje, comprometendo a estética do apartamento”, conta, dizendo que foi preciso encontrar uma solução técnica para eliminar problema tão incomum. Ele sugere que o usuário, caso não queira fazer a inspeção do guarda-corpo de sua varanda, chame uma empresa especializada em manutenção. “Com um simples chacoalhão no gradil é possível saber se há peças soltas”, finaliza.

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